A Cl Nica Na Sa De Mental
UNIDADE SÃO GABRIEL
Autorizo a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, através do curso de graduação em psicologia, à ampla divulgação do meu trabalho de conclusão de curso, em espaços e eventos internos à Instituição, ou ainda abertos ao público em geral.
A presente autorização é concedida gratuitamente, abrangendo a divulgação da pesquisa acima mencionada em todas as suas modalidades, sendo estas impressas ou eletrônicas.
A CLÍNICA NA SAÚDE MENTAL: A burocratização dos serviços e a medicalização do sofrimento psíquico.
Liam Kelly Rojas Mota1
Aline Aguiar Mendes Vilela2 Esta pesquisa tem como objetivo discutir sobre a prescrição excessiva de psicofármacos em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) como conseqüência da burocratização e engessamento das práticas e como fator que contribui para a cronificação do serviço. Para isso, recorre-se a autores como Dimenstain (2009), Bezerra (2004 e 2007), Passos (2004), Pereira (2000), Aguiar (2003), Angell (2011), Birman (2003), entre outros. Faz-se primeiramente, a contextualização da Reforma Psiquiátrica no Brasil, assim como a caracterização do CAPS e a abordagem de alguns impasses presentes no dia-a-dia destes serviços. Analisa-se o excesso da prescrição, também chamado de medicalização, através da discussão sobre os manuais que embasam a saúde mental, como Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM) e Classificação Internacional de Doenças (CID) e sua estreita relação com a psiquiatria. Aborda-se ainda a conexão entre a psiquiatria, psicofarmacologia e indústria farmacêutica. A partir disso, discute-se, finalmente, sobre o processo de medicalização que tende a se instalar em nossa sociedade e também nos serviços substitutivos de saúde mental. A pesquisa verifica a importância da reflexão sobre o funcionamento atual do serviço de saúde mental, os atravessamentos que se fazem presentes e suas implicações para profissionais, usuários e