A ciência política e os políticos do século xxi
Artigo publicado no JORNAL DO BRASIL, 26 JUN 2006.
Ideologias, corrupção, fraudes, desvios de verbas, nepotismo, orgulho, vaidade, egoísmo, e todo os demais “lixos morais” produzidos pela política e pelos políticos, no século XX, não irão mais caber no século XXI!
Esta minha afirmação, no parágrafo anterior é uma “utopia” SIM. Mas, lembremos que “utopia” é uma verdade ainda não em condições de prática nesse momento, mais que irá acontecer em um momento futuro breve. E esse momento futuro breve, já se iniciou e deve perdurar pelas próximas duas décadas – tempo suficiente de formarmos um “novo conceito social” de política e novos políticos.
Essa “nova ciência política”, de nova, não tem nada! Lembremos alguns filósofos que já se preocuparam em escrever, orientar e/ou estabelecer oratórias, enaltecendo a necessidade, premente, dos políticos adotarem uma conduta e estabelecerem suas ações orientadas pelo bem do próximo (social) e pela retidão moral. Foram eles, entre muitos outros: Confúcio; Sócrates; Platão; Aristóteles; Cícero; Durkheim; Montesquieu; Hegel; John Locke; Nietzsche; Dewey; Bertrand Russell.
Maquiavel, que na realidade era um “consultor de reinos”, nos ensina a necessidade de coerência moral entre o poder do estado e as aspirações do povo. Ele não foi, como muitos pensam, um tirano diabólico, que criava conceitos e ditames de manipulação para os poderosos. E, é isso que se evidencia em sua obra: “Maquiavel, fingindo ensinar aos governantes, ensinou também ao povo”. E é por isso que até hoje, e provavelmente para sempre, ele será reconhecido como um dos maiores pensadores políticos, da história da humanidade.
“Vivemos esperando... o dia em que seremos melhores... melhores no amor.... melhores na dor... melhores em tudo! Este pequeno refrão da música cantada pelo “jota-Quest” traduz a aspiração social de uma política voltada, realmente, “para o povo” e “pelo povo” (isso é pensar Marketing).