Natureza do signo linguístico

Texto 7: Natureza do Signo Linguístico

Ferdinand de Saussure

Em “Natureza do signo linguístico”, Ferdinand de Saussure sintetiza o papel dos signos linguísticos e sua importância no processo e estruturação da comunicação, mostrando que cabe a Linguística ir além do mero estudo dos signos, pois para que o processo seja completo é necessário o envolvimento do indivíduo com o meio em que vive (histórico-social e cultural).
Para alguns, a língua numa visão simplista é uma nomenclatura que não deixa claro se a palavra é de natureza vocal ou psíquica já que cada palavra pode ser vista sob um ou outro aspecto, ou seja, dependerá do ponto de vista entre o observador e o objeto observado e do lugar onde esteja ambos. Porém, essa visão simplista, mostra que a unidade linguística é constituída por dois termos.
O signo linguístico é uma entidade psíquica atrelada a duas faces: um conceito e uma imagem acústica. Esta última é constituída pelas palavras da língua que quando consagradas nos parecem conforme a realidade abandonando qualquer outra que possamos imaginar.
Nessa concepção, o signo se constitui na combinação do conceito e da imagem acústica. O signo será o total, enquanto, conceito e imagem serão significado e significante. O signo linguístico possui duas características: a arbitrariedade do signo e o caráter linear do significante.
No primeiro, o signo linguístico é inteiramente arbitrário, pois realizam procedimentos semiológicos, já que a língua é um sistema de expressão. O símbolo é utilizado para designar o significante do signo linguístico e tem como característica não ser arbitrário por ser um vínculo entre o significante e o significado.
O termo arbitrário indica uma finalidade para o significado, pois o mesmo não depende da livre escolha de quem fala. O indivíduo não pode trocar termos num signo porque este é estabelecido pelo grupo linguístico.
Temos duas objeções. Em primeiro lugar, as onomatopeias, onde a escolha nem sempre é arbitrária, pois a