Natureza do signo linguístico
CAPÍTULO I
NATUREZA DO SIGNO LINGUÍSTICO
1. SIGNO, SIGNIFICADO E SIGNIFICANTE
Para algumas pessoas a língua é vista de forma criticável. Elas pensam que a língua é uma nomenclatura, uma lista de termos correspondentes à tantas outras coisas. Este conceito não nos deixa claro se a palavra é de natureza vocal ou psíquica.
Através de uma visão mais simples, sabemos que a unidade lingüística é uma coisa dupla, formada pela união de dois termos. O signo lingüístico, como se sabe, une um conceito à uma imagem acústica. Esta imagem acústica não é o som material, é a impressão psíquica desse som. O signo é uma entidade psíquica bifacial – conceito e imagem acústica – sendo que esses dois elementos estão intimamente unidos e um contesta o outro. É-nos permitido pensar da seguinte forma: o signo representa o total, e podemos substituir conceito e imagem acústica por significado e significante, respectivamente. Estes dois termos evitam os mal-entendidos que levavam a confundir seus termos e posições. 2. PRIMEIRO PRINCÍPIO: A ARBITRARIEDADE DO SIGNO
O signo lingüístico, responsável pela união do significado e significante, é arbitrário. Graças à essa arbitrariedade, a Lingüística pode erguer-se em padrão de toda Semiologia, mesmo que a língua não seja um sistema particular.
A palavra símbolo é utilizada para designar o que chamamos de significante.
Este símbolo tem como característica nunca ser completamente arbitrário, não se encontra vazio, tendo um vínculo entre o significante e o significado.
O termo arbitrário não pode dar a idéia seja dependente da livre escolha do que se fala. O que se quer dizer com isso, é que o significante é imotivado, ou seja, arbitrário quando relacionado com o significado, cujo laço natural é inexistente.
São feitas duas objeções para este princípio:
1° Para dizer que a escolha do significante nem sempre é arbitrária, o contraditor poderia valer-se das onomatopéias.
2° As exclamações, cuja forma é