A casa dos Mortos
Este documentário é relatador por um poeta com 12 internações em manicômios judiciários conhecido por Bubu que é o narrador de sua própria vida, mas também de seu destino de morte. Esse documentário divide-se em três cenas onde relatam três diferentes caminhos entre os muros dos manicômios judiciais que é o suicídio, as internações intermináveis e a sobrevivência tal quanto uma prisão perpetua pode proporcionar a um detento. Esses caminhos são relatados através das historias de homens anônimos, considerados perigosos para a vida social, sendo essas histórias Jaime, Antonio e Almerindo que, mais cedo ou mais tarde poderiam ser considerados mortos de verdade como a própria casa se chama.
João Pereira e Oliveira Junior, conhecido como Bubu, também foi mais uma “vítima” do ciclo vicioso das medidas de seguranças. Sua primeira internação foi feita aos 27 anos em 1995, atualmente constando ele com 12 internações no HCT. Entre as condutas mais graves praticadas por Bubu ao longo encontram-se as tipificadas como tentativa de homicídio e lesões corporais.
O caso de Bubu é muito peculiar, pois ele expõe suas idéias com muita clareza. Fala de filosofia e política, prefere as escolas filosóficas e se define como um adepto do capitalismo popular.
Os laudos periciais, realizados pelos psiquiatras peritos, atestam que ele está apto a viver em sociedade, com condição de trabalhar, mas, no entanto, deveria prosseguir com o tratamento. O problema aparece quando Bubu deixa de cumprir tais condições, uma vez que acredita que nunca esteve doente, vindo a cometer outras condutas tipificadas e ilícitas, retornando, conseqüentemente, para a internação.
Bubu diz que todas as suas condutas cometidas foram praticadas com lucidez, que sabia o que estava fazendo, e desafia a psiquiatria a provar o contrário, ou seja, da sua capacidade no ato dos crimes cometidos.
A primeira cena ela se destina á aqueles detentos que não suportam mais a situação em que