A carta
Assis Chateaubriand, 15 de maio de 2011.
Meu caro Professor "Diko":
“Cartas na mesa, verdade, franqueza...” Vivemos num mundo totalmente globalizado, onde a comunicação é imediata e eu aprendi a conviver com os recursos tecnológicos e às vezes, fico pensando como consegui sobreviver com uma Olivetti Linea 98, lá no final dos anos 70, começo dos 80. Quando fui apresentado à uma máquina de escrever IBM, com corretivo, e diversos tipos de esferas(fonte atualmente) era um sonho, já não sentia mais falta da Olivetti ou da Remington. Mas o tempo não para e, posteriormente, conheci o Word 5, com o sistema operacional DOS. Era a evolução que se fazia presente na minha mesa, na minha vida.
Obviamente que não uso a expressão “sou do tempo em que”...não...meu tempo é agora. Mas havia um tempo em que eu morava na minha querida Sampa e correspondia-me com minha esposa, que morava no interior do Paraná, através de cartas feitas à mão, ou datilografadas. Foram 2 anos de cartas pra lá, cartas pra cá, onde não víamos a hora de receber o carteiro, que ficou íntimo nosso, pois pelo menos 2 vezes na semana, era sua função entregar as nossas cartas; e o interessante é que ele passou a se interessar pela nossa história e acompanhava tudo aquilo como se tivesse assistindo à capítulos de novela.Hoje, após 25 anos de vida em comum, temos encadernado as referidas cartas e o livro é motivo de orgulho para os nossos filhos, o carteiro faz parte da nossa história e as cartas, meio amareladas pelo tempo,são bonitas como o canto dos pássaros, como o perfume na flor. Deus então com sua luz eterna e divina resolveu nos abençoar com os frutos do nosso amor que são nossos três filhos que já estão prestes a “voar”, prontos pra brilhar e na busca de um futuro certo pra realizar.
Hoje, eis-me, aqui, mente clara e precisa, controlando sempre aquela hipertensão, tentando levar uma