A busca eterna pela raça perfeita
Vitória Borges Santana
Ao longo dos séculos, a humanidade foi crescendo, amadurecendo e se renovando, mas nunca deixou de lado a busca por uma raça perfeita. Quando vemos expressões como “raça perfeita”, “raça ideal” e suas variações, a primeira coisa que nos vem à cabeça é Hitler, líder nazista que pregava que a perfeição tinha cabelos loiro-platinados e olhos azuis. O holocausto foi, sem dúvida, um exemplo de ideia levada ao extremo. Milhões de pessoas - incluindo judeus, homossexuais, inimigos de Hitler, entre outros – morreram sufocados em câmeras de gás e vários outros serviram de cobaias para médicos como Josef Mengele, Sigmund Rascher, Eduard Wirths, Werner Fischer, entre outros. A medicina mostrava seu lado obscuro com a realização de experiências macabras em pessoas definidas como "inferiores". A população alemã acreditava que os judeus e outros grupos menores eram os responsáveis diretos pelo fracasso de seu país na guerra e pela humilhação do Tratado de Versalhes; Hitler e seus amigos encontram a solução nos campos de concentração e extermínio. Você pode estar se perguntando como alguém pode ser tão cruel a ponto de aceitar a morte de tantos inocentes, mas o fato é que os alemães estavam cegos pela doutrina do nazismo. Com discursos bonitos e gestos exagerados Hitler conseguiu convencer uma nação a pensar de que era superior às demais. Hitler era tirânico, mas não se pode negar de que também era inteligentíssimo. Ele passou a vida inteira pregando que a raça ideal era aquela de olhos azuis e cabelo loiro-platinado, mas ninguém notou que ele próprio tinha olhos e cabelos castanhos. Acredita-se que há um paralelo entre Hitler e Voldemort, personagem da série “Harry Potter” da inglesa J.K. Rowling: Voldemort afirma que a raça perfeita seria a de bruxos de sangue puro, mas ele próprio era filho de um homem que não era bruxo. E fica a pergunta: até que ponto alguém pode ir seguindo uma doutrina? Será