Gataka

A trama do filme segue dentro de um contexto no qual o DNA já foi decifrado, onde se criou uma nova geração de seres humanos muito mais “saudáveis” que sua antecessora, pois a grande maioria dos casais que desejam ter uma criança recorria à fertilização artificial. Cada embrião a ser implantado na respectiva mãe é escolhido pelo código genético. E com o código decifrado, o embrião com as melhores características herdado dos pais como, QI elevado, ótimo porte físico, e ausência de doenças genéticas graves, é escolhido para ser gerado. Isso nos traz uma analogia ao sonho de Hitler de criar uma raça perfeita e superior, pois mesmo no decorrer da Segunda Guerra mundial, a qual não provia de uma tecnologia muito grande como a que é demonstrada no filme, este já fazia experiências com o intuito de criar uma raça dita “superior”.
A história do filme envolve dois irmãos, “Vincent Anton” concebido de forma natural e “Anton” manipulado geneticamente. Vincent, considerado “não válido”, tem predisposição a várias doenças, assim como uma previsão da data de sua morte para seus 30 anos, mesmo assim procura realizar seu sonho contra tudo e todos. Deseja Viajar para as estrelas e com todo seu esforço e um pouco de corrupção do sistema, tenta superar os limites impostos ao seu destino, sendo obrigado a esconder de todos quem realmente é.
Inserido no contexto de viagens interplanetárias, o mais novo racismo é abordado no contexto do filme, o gênico. Além de todos os que a sociedade já prega, o racismo gênico é abordado no filme como um divisor de águas, o qual vai definir se uma pessoa é digna ou não de vir a se tornar algo ou alguém na vida, pois isto estaria “escrito” em sua cadeia genética.
Portanto, para atingir a perfeição, e ser considerado um cidadão “Válido”, as personagens ou eram concebidas de modo artificial através dos laboratórios ou, recorriam a práticas de utilização de meios escusos e clandestinos como, os chamados “piratas genéticos”. E esse é o caso do