A beleza como mercadoria: diferença entre produtos de beleza para homens e para mulheres
Maísa Bach de Souza1
1. INTRODUÇÃO
Todos sabem que apesar de o mercado de cosméticos sempre ter sido destinado a homens e mulheres, houve distinçãona maneira como eles foram convidados a aderir a essa “novidade”.É claro que em um primeiro momento, o público alvo foi o feminino, uma vez que ele é constantemente incentivado a cuidar da aparência.Logo, não houve dúvidas quanto a proliferação de produtos para cabelo, mãos, pescoço, entre vários outros.Entretanto, os produtos de beleza masculinos nunca tiveram muita ênfase e nem muita variedade. Durante algum tempo, esse mercado se resumiu a cuidados com o barbear e com o cabelo, mas mesmo assim, de forma discreta e reduzida.
Porém, com o aumento do número de homens preocupados com a aparência e querendo cuidar de si, o mercado de cosméticos passou também a investir muito em novos produtos e propagandas para divulgá-los entre os seus mais recém-consumidores. Mas é claro que os anúncios se diferem dos anúncios de produtos de beleza feminino. Enquanto o primeiro apela para campanhas com insinuações sexuais, com mensagens voltadas para a autoconfiança, ou falta dela, o segundo, se preocupa em enfatizar a beleza natural da mulher que será enaltecida com o uso de determinados cosméticos. Este artigo tem por objetivo caracterizar o funcionamento discursivo de textos publicitários.Farei aqui, uma análise de discurso crítica sobre a diferença entre anúncios de produtos de beleza para homens e para mulheres. O trabalho foi baseado na linguagem verbal e não-verbal destes, e no seu poder de persuasão e intertextualidade dentro do campo da Análise do Discurso. Em seguida, tem-se uma análise de um folder da empresa Axe, representando um anúncio direcionado para o público masculino, e também um folder da empresa Niely, tendo as mulheres como público alvo.
2. ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO
A ACD (Análise Crítica do Discurso) é