uso de drogas por crianças e adolescentes

- INTRODUÇÃO - Significados atribuídos às mulheres sempre despertaram a atenção de estudiosos por toda sua complexidade, suas transformações e alterações ao longo da história. “Como não se interrogar sobre o novo lugar das mulheres (...) quando nosso meio século mudou mais a condição feminina do que todos os milênios anteriores?” (Lipovetsky, 2000, p. 11).

Atualmente, a mídia valoriza e orienta as mulheres a cultivarem um corpo perfeito relacionando isso à felicidade e à realização. Em contrapartida, muitos estudos foram feitos sobre a questão da estética feminina e seus desdobramentos em função do impacto sobre suas identidades e da massificação do culto à imagem. Na história da humanidade muitos valores morais e éticos foram se modificando ao longo do tempo, colocando diferentes prioridades na construção das diversas sociedades. Mas foi nos últimos três séculos que o corpo passou a ter uma grande importância e, relacionado a isso, a busca pela perfeição corporal tornou-se um grande valor social.

O reconhecimento da beleza sempre foi algo presente em nossa sociedade, mas foi somente no Renascimento que a apreciação pela beleza feminina passou a ser valorizada. “É preciso esperar os séculos XV e XVI para que a mulher seja alçada ao pináculo como personificação suprema da beleza. Pela primeira vez na história, realiza-se a conjunção de duas lógicas que instituem o reino cultural do belo sexo: reconhecimento explícito e teorizado da superioridade estética feminina e glorificação hiperbólica de seus atributos físicos e espirituais”. (Lipovetsky; 2000, p. 113).

Nas civilizações mais antigas, como no caso da Grécia, havia o reconhecimento da beleza feminina, mas era o corpo esculpido e toda a magnitude masculina que os gregos evidenciavam e apreciavam. Na Grécia, existiam mulheres belas, mas a beleza delas era vista como algo negativo, uma ameaça, pois duvidavam que um ser capaz de grandes seduções possuísse uma alma pura.

Esse pensamento se