A arte no ensino infantil
Expressão plástica da criança – Bagunçam o mundo imagético das formas convencionais, promovendo a desordem lógica do mundo adulto (borrões, círculos raiados, manchas, pessoas voando).
Desde a pré-história, os seres humanos produzem formas visuais, utilizando símbolos particulares constituídos socialmente para exprimirem mundos subjetivos e objetivos. As transportarem suas visões, bagunçam o mundo natural através das diferentes modalidades que abarcam as artes visuais (desenho, pintura, escultura, fotografia, gravura, vídeo, instalação, performance etc). A vontade de designar o mundo de outra forma nos acompanha até hoje.
A maioria dos adultos (nós, professores) se esqueceu dessa linguagem tão rica e prazerosa que foi deixada para trás por volta dos 7 ou 8 anos (interrupção da linguagem gráfico-plástica e fixação de formas padronizadas: a casinha, a árvore com maçãs, as nuvens, o sol, as flores, a figura humana de palito, organizando-se um repertório reduzido de formas que chamamos estereótipos.)
As formas (fôrmas) são repassadas às crianças de diversas maneiras: a decoração das salas de aula, a correção de seus desenhos – a cor da árvore é verde, onde está o corpo da pessoa?, estou vendo que os braços e pernas saem da cabeça... Resultado: produção e consumo de imagens estereotipadas e impostas pelos adultos.
Para que isso não ocorra, é preciso que o adulto rompa suas formas cristalizadas, resgatando seu processo expressivo, voltando a brincar com os materiais, não tendo medo de mostrar suas próprias descobertas formais, espaciais e colorísticas, lançando-se junto com as crianças na aventura de criar o inusitado, acompanhando o processo expressivo infantil junto com o seu próprio sucesso.
As instituições de educação infantil deveriam ser o espaço deflagrador para o desenvolvimento das diferentes linguagens expresssivas, tendo em vista que as crianças pequenas iniciam o conhecimento sobre o mundo