A Arte de Argumentar - Resumo
Além do alinhamento de pontos de vista, existem ainda os processos de manipulação. No espaço privado, acabamos gerenciando mais informação e menos relação. No espaço público, até mesmo por motivo de sobrevivência social, as pessoas procuram, com maior ou menor sucesso, gerenciar, além da informação, a relação.
No plano da vida pessoal, não é diferente. Nós nunca estamos diante de pessoas prontas e também não somos pessoas prontas.
Argumentar é a arte de convencer e persuadir. Convencer é saber gerenciar informação, é falar à razão do outro, demonstrando, provando. Persuadir é saber gerenciar relação, é falar à emoção do outro. Mas em que convencer se diferencia de persuadir? Convencer é construir algo no campo das idéias.
Muitas vezes, conseguimos convencer as pessoas, mas não conseguimos persuadi-las.
A primeira tarefa da retórica clássica tinha natureza heurística1. A retórica, ao contrario da filosofia da época, trabalhava, pois, com a teoria dos pontos de vistas ou paradigmas, aplicados sobre os objetos de seu estudo.
Os métodos retóricos da exploração da verossimilhança e dos diferentes pontos de vista sobre um objeto ou situação têm sido o motor que vem impulsionando o grande avanço moderno da ciência e da tecnologia.
Na sociedade em que vivemos, somos moldados por uma infinidade de discursos: discurso científico, discurso jurídico, discurso político, discurso religioso, discurso do senso comum etc. Entre todos os discursos que nos governam, o mais significativo deles é o discurso do senso comum.
A primeira condição da argumentação é ter definida uma tese e saber para que tipo de problema essa tese seja resposta.
Uma segunda condição da argumentação é ter uma ”linguagem comum” com o auditório. É preciso desenvolver a capacidade da