Adminstração
Um modelo estruturado de competências e maturidade em gerenciamento de projetos
Revista Produção, v. 15, n. 1, p. 034-043, Jan./Abr. 2005 35 rísticas distintivas, como sendo “um empreendimento temporário feito para criar um produto ou serviço único”
(PMI, 2000).
Os conceitos de projeto e gerenciamento de projetos podem ser ampla e profundamente entendidos através, entre outras, da abordagem de fatores críticos.
Os fatores críticos de sucesso foram estudados por
Pinto e Sleven (1983 e 1998), que fazem uma abordagem específica voltada ao gerenciamento de projetos.
Partindo do pressuposto que um projeto é considerado sucesso em sua implementação caso atenda a quatro critérios – tempo, custo, eficácia e satisfação do cliente
–, Pinto e Slevin (1983 e 1998) estabeleceram o modelo dos dez fatores: missão, suporte gerencial, plano, cliente consultor, questões pessoais, questões técnicas, aceite cliente, comunicação, monitoramento e conciliação.
O modelo dos fatores críticos tem contribuído no entendimento das diversas facetas do sucesso em projetos.
Neste sentido, o desenvolvimento de competências específicas no âmbito do gerenciamento de projetos passa a ser um elemento de relevada importância. Competência, que para Lê Boterf (1988 e 1994) é um conceito em formação, é uma palavra que vem do latim, competere. O conceito de competência pode ser visto, inicialmente, com a decomposição da palavra em latim: com, cujo significado é conjunto, e petere, cujo significado é esforço. Competência é um conceito pelo qual se definem quais são as atitudes, as habilidades e os conhecimentos necessários para alcançar resultados diferenciados.
Competências em gerenciamento de projetos
Frame (1999) sugere três tipos de competências em gerenciamento de projetos: as individuais, as de equipe e as da empresa. Estes tipos podem ser vistos como se fossem três vetores. O primeiro