A arte afro-brasileira
A chamada cultura afro-brasileira é o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pelos escravos negros na época do tráfico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas europeia(principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras culturas.
Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em vários aspectos da cultura brasileira como a música, o cinema, a arquitetura, o teatro, a dança, a vestimenta, as artes plásticas e religião.
Ainda que tradicionalmente desvalorizados na época colonial e no século XIX, os aspectos da cultura brasileira de origem africana passaram por um processo de revalorização a partir do século XX que continua até os dias de hoje.
Na Música e na Dança
A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o Axé, Carimbó, Charme, Funk Carioca, Gospel, Ijexá, Lambada, Lundu, Maxixe, Maracatu, Pagode, Soul e Samba.
Apesar de ter origem africana, o samba hoje representa a própria identidade musical brasileira. O samba nasceu nas casas de baianas que emigraram para o Rio de Janeiro no princípio do século. O primeiro samba gravado foi Pelo telefone, de autoria de Donga e Mauro de Almeida, em 1917. Inicialmente vinculado ao carnaval, com o passar do tempo o samba ganhou espaço próprio. A consolidação de seu estilo verifica-se no final dos anos 20, quando desponta a geração do Estácio, fundadora da primeira escola de samba. Grande tronco da MPB, o samba gerou derivados, como o