A AQUISIÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE E DA ESCRITA PELO ALUNO
Iracema Gabler1
“Ninguém educa ninguém.
Ninguém educa a si mesmo.
As pessoas se educam entre si,
Mediatizadas pelo mundo.” (Paulo Freire)
Nos últimos tempos, o Brasil tem sido alvo de comentários nada animadores em relação aos baixos índices de aproveitamento escolar. Dados estatísticos apontados pela UNESCO e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico atestam que os estudantes brasileiros conseguem ler, mas não demonstram capacidade de reter nem de interpretar as palavras, não conhecem e não utilizam conteúdos matemáticos e científicos, não sabem..., não sabem... Se estes são meros dados sensacionalistas ou não, se a educação deste país está em crise ou não é só uma questão de ponto de vista. Mas um dado é real e nem um pouco discreto: nós, professores deste país, estamos assustados com tantos “não-saberes”.
A quem atribuir todo esse insucesso? A resposta mais cogitada se respalda nas dificuldades sociais e econômicas da população. Essa é uma causa que vem se arrastando ao longo das décadas e que é eminentemente política, mas nem por isso podemos deixar de dar a nossa contribuição.
Vários grupos de professores espalhados pelo Brasil afora, comprometidos com seus ideais e crentes na possibilidade de, apesar das enormes dificuldades, construírem um mundo melhor, estão arregaçando as mangas, pondo-se a pensar em maneiras de solucionar, ou pelo menos diminuir, os graves problemas que a educação brasileira enfrenta. Um desses grupos está em Rondônia e optou por, primeiramente, pesquisar para, então, sugerir melhorias.
O papel do educador não é propriamente falar ao educando sobre sua visão de mundo ou lhe impor esta visão, mas dialogar com ele sobre a sua visão e a dele. Sua tarefa não e falar, dissertar, mas