A antinomia entre as parte e o todo no corpo social em jean jacques rousseau
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Tópicos em Filosofia Moderna – Rousseau e o Contrato Social
Newton Bignotto
Menderson Rivadávia Alves Amaral
A antinomia entre as partes e o todo no corpo social em Jean-Jaques Rousseau.
Trabalho apresentado na disciplina ‘Tópicos em filosofia moderna’, ofertada pelo Professor Newton Bignotto.
Junho de 2010. Uma das atribuições dada á Jean-Jacques Rousseau é a proposta de sua principal obra, ‘O Contrato Social’, em criar uma associação de Homens autônomos e livres que se submetam voluntariamente à lei positiva imposta pela sociedade. Deste modo é visto um rompimento com as relações marcadas por puro interesse, que devem ser revistas para que o homem moderno possa atingir o arquétipo que carrega em si mesmo do homem da natureza. Através do pacto o homem encontra o meio racional para a sua civilização. O consenso em torno da lei positiva deve nascer segundo o pensador de Genebra, do “esforço moral de cada indivíduo para superar as determinações particularizantes e integrar-se, autonomamente e plenamente, à vida comum”. “É necessário que o indivíduo encontre na vida política e civil não os códigos das leis nem na voz da autoridade, mas em seu foro interior, como uma verdade pessoal das mais autênticas, como a expressão de sua individualidade.” (Baczko, 1974, p.330-1) Há na proposta de Rousseau uma antinomia inerente à vida política, a pretensão de realizar uma ‘comunidade compacta’ de cidadãos que são livres deve ser encarada como uma transição de sua doutrina. A viabilidade deste novo pacto não depende da coerção nem das ferramentas que possam ser utilizadas pelo Estado, mas sim de uma transformação moral dos indivíduos, dado que na modernidade a ‘virtude’ do homem depende do esforço que este tem contra as ‘tendências egoístas’. Porém, as leis e os instrumentos de coerção não podem ser extintos por completo, é imprescindível a “ritualização da vida