a alfabetização
Adriana Almeida Oliveira conseguiu alfabetizar os pequenos e transformar os maiores em escritores proficientes
Diversidade a favor das aprendizagens. Foto: Raoni Maddalena
Estimular a colaboração Adriana organizou a turma em grupos de modo a favorecer a troca de informações. Um exemplo: os pequenos ditavam para os maiores. Não dividir por série Quando o objetivo é ensinar práticas de linguagem (como selecionar dados) ou com procedimentos como a pesquisa, as turmas trabalham juntas. Usar projetos didáticos Essa modalidade é a melhor para ensinar a produzir textos com destinatário real. Ela traz um contexto próximo à realidade das crianças. Propor tarefas diferentes Para cada etapa do projeto, é preciso prever o que cada aluno deve fazer, de acordo com aquilo que ele sabe ou precisa aprender.Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10
Adriana Almeida Oliveira é professora polivalente há mais de dez anos. Ter de ensinar todas as disciplinas não é seu único desafio. Ela leciona em uma sala multisseriada e precisa garantir que 16 alunos com diferentes idades (entre 5 e 11 anos) e níveis (da pré-escola à 4A série) dominem os conteúdos. Nascida em Ibitiara, a 532 quilômetros de Salvador, ela dá aulas na única escola de Caimbongo, uma comunidade rural próxima à cidade que reúne agricultores e garimpeiros.
A ideia da professora era ensinar procedimentos de leitura e escrita, conteúdos fundamentais a todas as crianças. Com um projeto didático sobre animais em extinção, ela conseguiu, em quatro meses, alfabetizar todos os pequenos e transformar os maiores em leitores e escritores proficientes. Parte desse sucesso se deve ao fato de ela não ter dividido a turma em séries, algo comum em turmas multisseriadas. "Adriana dosou os desafios de acordo com as habilidades das diferentes faixas etárias e com isso todos aprenderam o que precisavam", diz Denise Guilherme, selecionadora de Língua Portuguesa do Prêmio Victor Civita