A afirmação de Portugal no quadro político ibérico
O poder senhorial foi combatido. Com a Igreja, as relações normalizaram-se. As fronteiras terrestres ficaram definitivamente fixadas. Fortificaram-se as vilas, construíram-se ou repararam-se castelos, concederam-se forais, protegeram-se os concelhos. Expandiu-se a superfície cultivada, incrementaram-se as feiras e o comércio externo, organizou-se a marinha de guerra. A firmeza da moeda atestava a prosperidade material e financeira do reino.
Honraram-se as letras ou não fosse o rei trovador, o português tornou-se língua oficial nos documentos da chancelaria régia, criou-se também a primeira universidade portuguesa.
O prestígio da monarquia portuguesa atravessou fronteiras. Entre 1282 e 1310, D. Dinis interveio nos conflitos internos do Reino de Castela.
Uma dessas intervenções originou o Tratado de Alcanises no ano de 1297 e, com ele, a resolução do problema da fronteira terrestre entre os dois reinos.
A importância de Portugal no quadro politico foi no reinado de Afonso IV, cujo o apoio militar é solicitado pelo seu genro, o rei de Castela, Afonso XI. Em 1339 os Merínidas de Marrocos ameaçavam alargar o domínio Muçulmano na península.
Em Outubro de 1340, as forças portuguesas e castelhanas travaram a Batalha do Salado com as hostes muçulmanas. A vitória cristã foi total. A valentia de Afonso IV merecer-lhe-ia o epíteto de O Bravo.
Em plena crise de 1383-1385, a glória do Reino de Portugal sobressaiu no campo de Aljubarrota e garantiu a independência nacional.
Em 1387, o rei português D. João I casou-se com a inglesa D. Filipa, filha do duque de Lencastre selando a mais antiga aliança entre dois estados europeus.