A afetividade na sala de aula: Um professor inesquecível
O texto nos revela a importância das práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor em sala de aula. Sugere que questões como a natureza dos conteúdos, sua organização e a forma como são apresentados, interferem decisivamente na relação aluno-objeto de conhecimento.
O processo de ensino-aprendizagem, atividade consciente do ser humano, não envolve somente questões cognitivas. No entanto, durante décadas, a visão dicotomizada do ser humano, afeto, cognição influenciou profundamente a área educacional, gerando um ênfase quase exclusivo no progresso de transmissão do conhecimento, envolvendo apenas suas dimensões cognitivas.
Mais recentemente, a partir de pressupostos teóricos com fortes marcas nos determinantes sinais da aprendizagem, a concepção de homem tem se transformado, dando origem a uma visão integradora que defende a indissociabilidade dos aspectos afetivos e cognitivos. Na educação, isso tem implicado numa revisão das práticas pedagógicas, pois a partir dessa visão integradora, é preciso caracterizar as relações de ensino-aprendizagem também enquanto um processo afetivo.
Referindo-se especialmente à sala de aula, podemos supor que, nesse espaço, os alunos vivenciam experiências de natureza afetiva que determinarão a futura relação que se estabelece entre eles e os diversos objetivos de conhecimentos. Nesse sentido, a qualidade de mediação do professor pode gerar diferentes tipos de sentimentos na relação sujeito-objeto. Ou seja, o trabalho concreto do professor em sala de aula (suas formas de interação com os alunos, suas estratégias para abordar conteúdos, os tipos de atividades que propõe, os procedimentos de correção e avaliação, por exemplo, certamente tem uma influência decisiva na construção dessa relação.
As práticas pedagógicas que se constituem a partir de relação professor-aluno, proporcionam a construção do conhecimento e também vai marcando afetivamente a relação com o ser