Psicologia

1518 palavras 7 páginas
Do mestre, com carinho
CLAYTONLEVY

Já dizia Paulo Freire que mal se imagina a importância de um simples gesto do professor na vida do aluno. Mestre por excelência, o educador sabia muito bem o que estava dizendo, embora para muita gente suas palavras estivessem mais para reflexão filosófica do que para argumentação científica. Por falta de uma investigação objetiva, a relação professor-aluno sempre esteve relegada ao campo da cognição. Mas este quadro está mudando. Pela primeira vez no Brasil, realizou-se uma pesquisa para examinar concretamente até que ponto a dimensão afetiva influi no processo de aprendizagem. Os resultados do trabalho, reunidos no livro “Afetividade e Práticas Pedagógicas”, recém-lançado pela editora Casa do Psicólogo, revelam que a atuação do professor, como mediador, determina a qualidade da relação que o estudante manterá com o objeto de estudo.
Obra é fruto de pesquisas com alunos da pré-escola ao ensino médio
“A escola sempre trabalhou com a idéia de que essa relação é construída por experiências de natureza cognitiva, mas os dados que levantamos mostram que a relação sujeito-mediador-objeto é também marcadamente afetiva”, diz o psicólogo Sérgio Antonio da Silva Leite, organizador do livro. Repleta de depoimentos, a obra reúne artigos de pós-graduandas da Faculdade de Educação da Unicamp, além de trabalhos de iniciação científica de alunas do curso de Pedagogia, todas orientandas do professor Sérgio Leite. “O fato de um aluno gostar ou odiar matemática, por exemplo, pode estar ligado à maneira como o professor, na qualidade de mediador, construiu a relação do estudante com o objeto de estudo”, acrescenta.
Tendo como referencial teórico a perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano, preconizada pelo psicólogo e educador russo Lev Vygotsky (1896-1934), a pesquisa revelou que fatores emocionais influem diretamente no aspecto cognitivo. “Tradicionalmente, a aprendizagem escolar era interpretada como um processo de

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