A acumulação primitiva capitalista.
A expressão acumulação primitiva de capital aplica-se ao processo de transformação da ordem feudal para a capitalista. A reforma protestante debilitou os valores éticos e morais do catolicismo que sustentavam a ordem feudal. O processo de transição da ordem feudal para a capitalista foi bastante lento, ainda que as transformações ocorridas ao longo desse tempo tenham sido muito profundas. Isso provocou uma profunda transformação nas relações sociais e políticas do antigo sistema. Com o crescimento das atividades urbanas, particularmente o comercio e a manufatura, o domínio de terras e o sistema feudal de tributação da produção agrícola deixaram de ser as únicas fontes de riqueza. O dinheiro passou a ser também expressão de riqueza, e sua utilização apresentava muitas vantagens: podia ser facilmente trocado por qualquer mercadoria, era possível transportá-lo e, mais do que isso a forma de acumulá-lo. À medida que as atividades econômicas se intensificavam, a demanda por metais, inclusive o usado na confecção das moedas, também aumentava. Assim, com os descobrimentos e as colonizações de novos continentes, a procura por metais, inicialmente restrita a algumas regiões européias, estendeu-se gradativamente para o oriente e para o novo mundo. Cerca de três séculos depois, o mercado a ser atendido pelo comercio europeu tinha se ampliado enormemente, exigindo a criação de procedimentos de produção que permitissem o aumento do volume das mercadorias. O anseio por descobrir formas de produção que facilitassem e multiplicassem a fabricação de bens já era bastante evidente nas grandes cidades, principalmente nas italianas e holandesas. Mas foi na Inglaterra que ocorreu a evolução capaz de atender às necessidades então verificadas. No ano de 1769 registrou-se um invento importante, a maquina a vapor, no inicio utilizada pela indústria mineira da Inglaterra. Assim as invenções são apenas momentos de síntese de