O CAPITAL - CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA resenha
O CAPITAL - CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA - Karl Marx
A Assim Chamada Acumulação Primitiva
1 – O Segredo da acumulação primitiva
O dinheiro é transformado em capital, por meio deste, vem a mais-valia e desta vem mais capital. Tudo faz parte de um ciclo, a acumulação primitiva, ponto de partida do modo de produção capitalista. Muitos acumulavam riquezas, enquanto outros não tinham nada, os meios de acumulação primitiva não são nada poéticos. Dinheiro e mercadoria devem ser transformados em capital, pra isso precisa de alguém que posssua mercadorias e alguém que possua dinheiro, meios de produção e de subsistência, que compram a força de trabalho do outro (trabalhadores livres). A relação-capital transforma produtores diretos em trabalhadores assalariados. A acumulação primitiva é o processo de separação entre produtor e meio de produção, é primitiva, pois constitui a pré-história e do modo de produção correspondente.
A estrutura do capitalismo deriva do feudalismo, transformação dos produtores em assalariados. Os capitalistas industriais deslocaram artesãos e senhores feudais, o trabalhador foi escravizado, a exploração feudal foi transformada em capitalista.
2 – Expropriação do povo do campo de sua base fundiária
A servidão na Inglaterra desapareceu no séc XIV e no séc XV a população era constituída de camponeses livres (servo desalojado). Os trabalhadores assalariados da agricultura eram camponeses que em seu tempo livre trabalhavam para grandes proprietários. Eram camponeses autônomos e utilizavam as terras comunais. O que iniciou a base do modo de produção capitalista foi quando muitos proletários livres foram lançados no mercado de trabalho quando o feudalismo terminou (séc XV), pois os camponeses foram expulsos da base fundiária e as terras comunais foram usurpadas. A manufatura de lã estava em alta (Holanda) e as terras foram transformadas em pastagens de ovelhas. Idade do Ouro (Thomas Morus) para a Idade de Ferro (Thorn).