Acumulação primitiva do capital
A acumulação primitiva de Marx, foi um processo de acumulação de riquezas que possibilitou as grandes transformações econômicas. O dinheiro é transformado em capital, a acumulação do capital, pressupõem a mais valia, a mais valia a produção capitalista. Todo esse movimento, gira em um círculo vicioso, que não se poderia sair sem admitir uma acumulação primitiva. Entretanto, essa acumulação não é resultado do modo de produção capitalista, mas sim de seu ponto de partida.
Essa acumulação primitiva desempenha na Economia Política um papel análogo ao pecado original na Teologia. Onde Adão morde a maçã e o pecado sobreveio à humanidade. Na acumulação primitiva, conta-se que em tempos remotos havia uma elite laboriosa e inteligente e do outro lado, vagabundos dissipando tudo o que tinham. Sendo que o primeiro acumulou riquezas e o segundo nada tinha a oferecer se não vender sua própria pele. Esta acumulação primitiva, baseada na história real se deu através da conquista, servidão, roubo à mão armada, entre outras formas. Entretanto, nos manuais de economia política, diz que o idílio é que tem florescido, e que os meios de enriquecimento eram o trabalho e o direito. Mas claro que na realidade os métodos não eram esses, sendo estes métodos tudo o que se queira na acumulação primitiva, menos o tal idílio. Como exemplo a alienação fraudulenta dos domínios do Estado, o roubo de terras comunais, e, a transformação territorial da propriedade moderna privada, são as origens idílicas da acumulação primitiva. O assalariado não possui mais que sua força pessoal, logo na relação entre capitalistas e assalariados o primeiro desempenha o papel de dono e o segundo de servidor. Este servidor, tem os seus meios de produção arrancados de si, assim, não detém a propriedade das condições da realização do trabalho. Ou seja, a acumulação primitiva é o processo de separação entre produtor e meio de produção.
A ordem econômica capitalista saiu do seio