A acumulação primitiva do capital
CAROLINA BP.
Estamos, desde pelo menos o ano de 1500, vivendo um regime financeiro singular de tudo o que já houve na historia da humanidade, o que hoje chamamos de capitalismo. Ao longo de toda sua historia muitos autores, filósofos e pensadores se atreveram a tentar explicar o funcionamento desse sistema desde o seu principio. No entanto poucos o fizeram como Karl Marx, que era filosofo, sociólogo e economista este autor explica como ninguém o sistema financeiro que nos rege, e mais, nos proporciona uma interpretação única de seu principio, através de seu escrito, O CAPITAL, dando a esse processo inicial o termo de ACUMULAÇÂO PRIMITIVA DO CAPITAL.
Na perspectiva do autor em questão, podemos entender que o inicio desse sistema se dá pela flagelação de um sistema que o antecede, portanto o sistema feudal, que possuía sua base no trabalho servil em que donos de grandes propriedades abrigavam trabalhadores (camponês), que ficavam responsáveis pelo cultivo da terra e manuseio dos instrumentos de trabalho que era de posse desse senhor, este por sua vez tomava para si um percentual dessa produção para assim fazer gerir o sistema. É necessário que entendamos nesse momento que a terra não tinha o mesmo valor que damos á ela nos dias de hoje, devido sua grande quantidade e pouca população, ela ainda não era vista como uma fonte inesgotável de lucro e poder. E foi justamente a mudança desse pensamento aliada há uma nova concepção de lucro que esfacelou o sistema feudal, dando inicio a esse processo primário que Marx chamou de acumulação primitiva.
Por muito tempo as explicações para essa acumulação primitiva ficou a cargo dos liberais, que disseminavam o que Marx chamou de a “lenda econômica”. Essa lenda explica que naquele período existiam duas espécies de indivíduos, em que uma era os trabalhadores, que acumulavam e trabalhavam com o suor do seu rosto, e a outra espécie se tratava daqueles que por sua vez faziam exatamente o