A abordagem Simbólica
O mundo atual não sabe lidar com as questões não palpáveis. Os sintomas (sonhos, doenças) para a Psicologia Analítica pode ser apresentada em formas de símbolos e neste capítulo, Whitmont (1999), ao resgatar Jung, afirma que a totalidade da psique humana, da qual o consciente é apenas um aspecto, pode ser abordada através da formulação de um sistema de elementos postulados cuja existência é deduzida a partir de dados observáveis e só pode ser descrito simbolicamente.
O autor alega que a abordagem simbólica pode mediar uma experiência de algo indefinível, intuitivo ou uma sensação de algo que pode ser conhecido ou transmitido e as dificuldades que a pessoa contemporânea encontra ao tentar entender essa abordagem baseia-se no fato de que em resposta à tendência introvertida, mística e ao posterior obscurantismo eclesiástico da Idade Média, o desenvolvimento ocidental recente enfatizou em excesso o pensamento abstrato e racional. A capacidade de sentir e a capacidade de intuir não receberam valor moral adequado ou exame consciencioso e os sentimentos são considerados como algo dispensável e as intuições não são consideradas “reais”. E o autor afirma que a nossa cultura é orientada para a lógica, mas ao lidar com nossos problemas mais fundamentais, ela é incapaz de nos oferecer respostas adequadas à compreensão da vida e à sua vivência.
Para Jung, conforme coloca Whitmont (1999), as imagens descrevem a própria situação em forma de analogias ou parábolas e a abordagem simbólica por definição aponta para além de si própria e para além daquilo que pode se tornar imediatamente acessível à nossa observação. A experiência simbólica não é feita por nós, mas nos acontece, o que fazemos com isso depois, é uma decisão pessoal.
Whitmont (1999), no decorrer deste capítulo resgata um trecho do “The Language and Thought of the Child” que fala sobre o pensamento dirigido, no qual é consciente e no pensamento não