Ensaio Sobre Violência Simbólica nas Organizações
ROSA, Alexandre Reis; BRITO, José Mozar. Ensaio Sobre Violência Simbólica nas Organizações. Natal, 2007.
1. SÍNTESE DA OBRA
Atualmente a palavra violência tem sido tratada em diversos contextos com diferentes significados. O objetivo deste texto é tratar sobre mais uma delas, a violência organizacional e como ela se manifesta nas organizações. Atualmente diversas pesquisas e estudos têm sido realizados acerca deste tema porém ainda a escassez de publicações e imprecisão dos conceitos . É importante salientar aqueles que abordam o problema como algo que transcorre a dinâmica específica das relações de trabalho no contexto das organizações modernas.
Para Wood (2003), a violência pode ser assumida como intrínseca à organização, isto é, contida na maior parte das práticas e processos organizacionais, porém muitas vezes passa despercebida. Temos a manifestação do fenômeno da violência como um processo de dominação que ocorre por meio de um poder invisível
De acordo com a OMS, a violência pode ser classificada por três categorias gerais sendo elas: Autoinfligida, Interpessoal e Coletiva. Além dessa abordagem a violência apresenta mais quatro: Atos físicos de violência, Atos da fala violentos, Violência física estrutural e Violência simbólica estrutural. a organização se apresenta como locus fundamental de reprodução da dinâmica dos campos as quais se inserem.
Bourdieu defendeu uma abordagem entre dois conceitos: doxa (atitude natural da vida diária) e a violência simbólica (violência invisível). A violência simbólica é o resultado de uma ação pedagógica (AP) exercida por uma autoridade pedagógica (AuP) mediante um trabalho pedagógico (TP) que pode ou não estar vinculado a um sistema de ensino (SE). A lógica da violência simbólica reside em conservar padrões dominantes e manter a estabilidade do campo assegurando a dominação por parte daqueles que ocupam posições consagradas nestes espaços descritos e, com isso, subjugar aqueles que nele se