Análise de Eros e Civilização
Além do
Princípio de Prazer
Aluno: Vinícius de Oliveira Bessi RA: 63340
Curso: Ciências Sociais Período: Noturno
A proposta desta problematização é buscar alguma tentativa de, através das conceituações do que estaria, de acordo com Freud, “Além do Princípio de Prazer” (intuídas pela observação que este realizara na experiência da clínica), identificar situações de estrutura simbólica, da qual a própria psicanálise não se deparou em meio ao seu exercício teórico. Ou seja, a partir de uma perspectiva antropológica tentar questionar como a “natureza” e a “transcendentalidade” do aparelho psíquico se encaixariam e se manifestariam nas estruturas simbólicas de organizações sociais adjacentes a que o próprio psicanalista estava inserido e pela qual fez suas observações analíticas.
A obra “Além do Princípio de Prazer” tem em seus três primeiros tópicos o objetivo de utilizar conceituações já desenvolvidas pela psicanálise a respeito da dominância do princípio de prazer, e confrontá-las com traumas causadores de neuroses (diferentes das neuroses relacionadas a casos de histeria) em que os sentimentos, as tensões e os sintomas motores presentes nas mesmas, não estariam sendo construídos pelo processo correspondente a esta dominância.
Tais neuroses foram observadas em um período histórico de pós-guerra, no qual o “susto” que determinadas experiências, de choque ou violência física, estaria relacionado a um risco não esperado de morte ao aparelho psíquico. Se diferenciando dos sentimentos de “ansiedade” (definida por Freud como aflição por algum risco esperado, na qual o aparelho psíquico se organiza previamente para se defender, sendo este sentimento por tais características impossibilitado de originar neuroses traumáticas) e o “medo”. Tal percepção, que a psicanálise obteve deste tipo de neurose do trauma, foi concebida pelas interpretações dos sonhos de