Resenha Abordagem Simbólica

UM POSSÍVEL PARA O SIMBÓLICO

Resumo:
No texto "A Abordagem Simbólica” o autor aponta que com o uso do simbólico é possível compreender e trabalhar com as instancias não-racionais e intuitivas do funcionamento humano, que por muito tempo permaneceram abafadas pela alta valorização do pensamento científico, onde as coisas só podem ser conhecidas através de definições literais, abstratas e impessoais. Whitmont frisa que a consciência, fonte do pensamento lógico, é apenas um aspecto da psique humana, a qual merece ter todas suas dimensões reconhecidas e valorizadas. Essas ideias, dentre outras fontes, são principalmente retiradas a Psicologia Analítica, criada por Carl Gustav Jung.
Nota-se na contemporaneidade, uma profunda dificuldade em lhe dar com o simbólico, o que está relacionado com o enaltecimento do positivismo, que valoriza o fato e a lógica, em detrimento dos aspectos emocionais e intuitivos do ser humanos, sendo até mesmo considerados dispensáveis. Gerou-se então, um homem extremamente intelectualizado, que atravanca-se em estados psíquicos desequilibrados, por não saber reconhecer as respostas de sua intuição e sentimentos.
Diante disso, a Psicologia Analítica, tem como hipótese basal sobre a psique humana que o meio para se chegar o mais próximo possível de sua compreensão, é o da descrição simbólica. Jung entende que “um símbolo sempre pressupõe que a expressão escolhida seja a melhor descrição ou formulação possível de um fato relativamente desconhecido [...] que por isso mesmo – por ser algo vivo e prenhe de significados –, não pode ser melhor representado” (CW 6, parág. 814). Os símbolos não estão querendo dizer isso ou aquilo, mas as imagens que os trazem dizem da própria situação como analogias e parábolas, mostrando a direção para uma realidade mais longínqua, não acessível ao entendimento imediato. É o inconsciente que fornece imagens transbordantes de poder e significação, emergindo aquém da nossa vontade.
Denota-se aí a existência