A Abordagem Humanística da Administração
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1. INTRODUÇÃO A Teoria Administrativa, cuja ênfase era direcionada para a tarefa e a estrutura organizacional pela Administração Científica e pela Teoria Clássica, respectivamente, passou a enfatizar, com o advento da Abordagem Humanística, as pessoas participantes das organizações. São deixados de lado a máquina, o método de trabalho, a organização formal e os princípios de Administração para priorizar as pessoas e os grupos sociais, em seus aspectos psicológicos e sociológicos. É com o advento da Teoria das Relações Humanas na década de 1930, e claramente em oposição à Teoria Clássica, que se inicia esta abordagem, a partir do crescimento das ciências sociais, principalmente a Psicologia do Trabalho, esta desenvolvida inicialmente com a análise do trabalho e sua adaptação pelo trabalhador, e, em um segundo momento, com a adaptação do trabalho ao trabalhador. Enquanto a primeira fase da Psicologia Industrial tinha o domínio do aspecto meramente produtivo, a segunda enfatizava os aspectos individuais e sociais do trabalho, com o estudo de temas predominantemente sociais, como motivação, liderança e relações. Tal evolução de pensamento, somada à conjuntura da época, vivenciada pela crise de 1929, fez emergir a necessidade de reavaliar conceitos e princípios administrativos dogmáticos e prescritivos, criando assim uma fase de transição do classicismo da Administração Científica e da Teoria Clássica para o humanismo na Administração, percebida inicialmente por autores como Munsterberg, Tead, Follett e Barnard. Busca o trabalho mostrar a experiência de Hawthorne e suas conclusões, a preocupação psicológica e sociológica quanto à influência massificante da civilização industrial sobre o ser humano e o papel da Administração neste aspecto, identificando a concepção da mesma a partir de uma nova criação da natureza do ser humano, o homem social, sobrepondo o homo economicus. É delineada a influência da motivação humana na Administração, sua repercussão sobre o