Zara estudo caso
A Inditex (Industri de Diseño Textil), da Espanha, proprietária da Zara e de outras cinco redes varejistas do setor de vestuário, continuava sua trajetória de crescimento rápido e lucrativo, apresentando lucro líquido de € 340 milhões sobre receita de € 3.250 milhões no ano fiscal de 2001.
O alto preço das ações transformou o fundador da Index, Amancio Ortega, que começa a trabalhar no comércio de vestuário como Office boy meio século antes, no homem mais rico da Espanha.
Produção
A produção de vestuário era muito fragmentada, cerca de 30% da produção global de vestuário era exportada, com países em desenvolvimento tendo uma participação grande, de toda a exportação. Esses grandes fluxos transfronteiriços de vestuário refletiam mão-de-obra e insumos mais baratos. Apesar dos amplos investimentos em substituição de mão-de-obra bastante intensiva, de modo que até “fabricantes” relativamente grandes de países desenvolvidos terceirizavam etapas de produção de mão-de-obra intensiva para fontes de mão-de-obra mais barata em seus arredores. Proximidade também era importante, pois reduzia custos de transporte e tempo de trânsito e porque vizinhos mais pobres por vezes se beneficiavam de concessões comerciais.
Intermediação transfronteiriça
Por tradição, as empresas de comércio exterior tinham o papel principal de orquestrar os fluxos físicos de vestuários desde as fábricas de países exportadores até varejistas de países importadores. Elas continuavam sendo importantes intermediários transfronteiriços, apesar de que a complexidade e, consequentemente, a especialização de suas operações pareciam ter aumentado com o tempo. Assim, a maior empresa de comércio exterior de Hong Kong, a Li & Fung, tinha 75% de suas atividades advindas do vestuário e o restante de bens duráveis resultantes do estabelecimento e da administração de cadeias de abastecimento multinacionais para cliente do varejo, através de seus escritórios em mais de 30 países.
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