Estudo de caso zara - trab. escravo

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Estudo de Caso ZARA

São Paulo
2012

Imagem da marca Zara no Brasil é foco de preocupação da Inditex

Por Cynthia Malta | De Arteixo (Espanha)
No primeiro semestre deste ano, a varejista espanhola Inditex, dona da Zara, realizou 206 auditorias em seus fornecedores no Brasil, de acordo com Félix Poza, executivo que dirige a divisão de responsabilidade social do grupo. A rede trabalha com 40 fornecedores e 208 oficinas de costura no país e está fazendo fiscalizações de seis em seis meses.
Essas ações fazem parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público do Trabalho (MPT), que investigou e acusou um fornecedor de roupas da Zara no Brasil - a empresa Aha - de explorar mão de obra em condições análogas à escravidão no ano passado (eram imigrantes bolivianos, sem documentação legal). A fornecedora foi descredenciada pela Inditex. A varejista espanhola não foi a única a ser acusada pelo MP - Marisa, C&A e Pernambucanas também foram.
Para o principal executivo de comunicação da Inditex, Jesús Echevarría, o caso afetou a imagem da Zara no Brasil: "As vendas nem tanto, mas a opinião pública nos preocupa e isso temos que tratar no longo prazo. A imagem que ficou é que somos uma empresa não responsável. E é o contrário disso".
Ainda como parte do termo assinado com o Ministério Público, a Inditex está implementando um programa de responsabilidade social no país cujo orçamento é de R$ 3,4 milhões em dois anos. O plano envolve um conjunto de projetos que vai desde a criação de um Poupatempo para imigrantes até o fortalecimento de auditorias nos fornecedores e oficinas de costura que trabalham para a marca.
Félix Poza informou que a Inditex quer melhorar a cadeia têxtil no Brasil e isso passa por ajudar a inserir os imigrantes no mercado de trabalho e orientar os trabalhadores sobre seus direitos. O grupo está desenvolvendo um projeto com a Secretaria