winnicot
"O trabalho de Winnicott abre-nos possibilidades de analisar pacientes difíceis com a teoria do "amadurecimento pessoal" e o uso dos fenômenos de "regressão a dependência."
Bom, Winnicott abre uma nova perspectiva para a atividade clínica, ao mesmo tempo em que formulará a teoria do amadurecimento pessoal, onde focaremos na palavra "pessoal" que indica que se deve respeitar a individualidade e a singularidade da criança em desenvolvimento, os ritmos e as peculiaridades de cada um. Em outras palavras..cada individuo tem seu tempo de amadurecimento.
"Freud colocou limites quanto à impossibilidade de se analisarem neuroses narcísicas, psicoses, distúrbios, deliquencias e outras moléstias graves, onde tais pacientes não apresentariam condições de transferência adequadas para serem analisadas"
Mas Winnicott, de certo modo, manteve a conceituação de transferência como aplicavel aos pacientes que, em seu amadurecimento, já haviam atingido o estado de integração, já habitavam o próprio corpo, tinham um limite separando o eu do não eu e já podiam se relacionar como pessoas totais com outras pessoas totais, neles já se constituia um consciente e inconsciente dinâmico com censura e repressão. Nesses pacientes o pasado recalcado viria ao presente na relação analítica.
Entretanto, no grupo que não atingiu esse estado evolutivo, não se pode falar de tranferência, já que transferencia é uma atualização do que se foi vivido, mas falamos de "viver pela primeira vez", na relação analítica, o passado não vem ao presente, o presente deve ser o passado que não aconteceu. Isto se dá quando ocorre o fenômeno da regressão à dependencia absoluta.
"Para Winnicott, a regressão é o oposto da progressão, e nada tem a ver com a regressão da libido a etapas anteriores do desenvolvimento libidinal"
A regressão à dependência absoluta se refere à fase em que a criança depende absolutamente dos cuidados maternos, mas não tem