A Etnomatemática

A ETNOMATEMÁTICA

A Etnomatemática surgiu no Brasil no ano de 1975, onde Etno refere-se aos contextos culturais, linguagens especificas, simbologias, praticas sociais, dentre outros; Mathema ao conhecimento, explicação, compreensão; e Tica “tchné” (raiz etimológica dos termos “arte e técnica”). A Etnomatemática é, então, a arte ou técnica de explicar, entender, e de se desempenhar na realidade dentro de um contexto cultural próprio.
Cada etnia constrói a sua Etnociência (estudo dos sistemas de conhecimento dos diversos povos e culturas) no seu processo de leitura do mundo. Atualmente, a redescoberta da ciência de outras etnias, que não a nossa cuja ciência advém da cultura ocidental, é proposta pelo termo Etnociência. Tal termo passou por vários significados desde o seu aparecimento.
Segundo o dicionário etnológico de Panoff e Perrina (Panoff-Perrina - ), há duas definições de Etnociência. A primeira diz que “é o ramo de etnologia, que se dedica a comparar os conceitos positivos das sociedades exóticas com os que a ciência ocidental formalizou no quadro das disciplinas constituídas”. A segunda definição diz que “toda e qualquer aplicação das disciplinas cientificas ocidentais aos fenômenos naturais que são apreendidos de outra forma pelo pensamento indígena”.
Numa das primeiras aproximações para a Etnomatemática, Paulus Gerdes escreveu que “a Etnomatemática tenta estudar as ideias matemáticas nas suas relações com o conjunto da vida cultural e social”, o que caracteriza o que Struik chamou de “Sociologia da Matemática” em 1986.
Com o fracasso da Matemática Moderna, na década de 70, varias correntes educacionais apareceram entre os educadores matemáticos, que tinham uma componente em comum – a forte reação contra a exigência de um currículo comum e contra a maneira imposta de apresentar a matemática de uma só visão, que era o conhecimento universal e também a caracterização de verdades absolutas. A partir daí, nasce os termos metafóricos para designar esta