Resumo: a tendencia anti-social (winnicot)
Utiliza, como primeiro caso clínico, o de um menino, delinqüente, ou seja, já com a defesa anti-social organizada, cujas ações levaram à clínica de Winnicott interromper seu atendimento pelo bem dos demais pacientes. Embora desagradado com a interrupção, o autor cita que atualmente (na época da escrita do texto) o paciente conta com 35 anos, mas não desejou dar continuidade à análise por receio de se envolver com um potencial psicopata. É dito que o tratamento deveria ter sido a internação, e então acompanhada de psicanálise, e não esta sozinha, pois assim viu diversos analistas fracassarem.
Em sua segunda exposição, desta vez de um caso de tendência anti-social, cuja mãe da criança procurou Winnicott para aconselhamento, sem que fosse possível este analisar a criança diretamente. A criança roubava compulsivamente, em lojas e em casa, e Winnicott inferiu ser o roubo, uma reclamação ao amor dos pais, a retirada do ambiente de algo que a criança sentia ser tirada do mundo interno dele. A mãe, por carta, relatou que a criança concordou com a análise, e esta, diante do choque provocado ao saber que seu filho não se sentia amado, passou a dar mais atenção e demonstrações de amor ao filho. Com o auxílio da professora também ciente da situação, ela relata que não ocorreram mais roubos. Este caso foi usado para ilustrar como a tendência anti-social pode ser tratada facilmente se contar com o ambiente cuidadoso, o autor também ressalta que ao ajudar os pais a ajudarem os filhos, também eles são ajudados quanto às próprias dificuldades.
A tendência anti-social não é um diagnóstico, de modo que não é uma patologia, e que pode ser encontrada tanto em indivíduos normais quanto em