Vygotsky
Trabalho final (aprendizagem em Vygotsky)
Uma das contribuições mais importantes de Lev S. Vygotsky para a educação é a forma como ele descreve os processos envolvidos na aprendizagem de novos conceitos. Como se nota em toda a sua teoria, o componente social (do contato com o outro) é de suma relevância para a aprendizagem. Vygotsky (2009) divide os conceitos em dois tipos: conceitos espontâneos e conceitos científicos. Os conceitos espontâneos são formados através do modo como a criança percebe o ambiente através dos seus sentidos e das percepções de outros. Já os conceitos científicos são formados em ambientes acadêmicos e envolvem mais ativamente as funções mentais superiores (VYGOTSKY, 2009).
De acordo com Schroeder (2007) os conceitos espontâneos podem permanecer na criança em detrimento a conceitos científicos. Isso constitui um desafio para o professor, pois seus alunos não vêm sentido em suas explicações e têm resistência a modificar os seus modelos mentais. “Neste sentido, a escola tem a função de possibilitar o acesso às formas de conceituação que são próprias da ciência, não no sentido de acumulação de informações, mas sim como elementos participantes na reestruturação das funções mentais dos estudantes para que possam exercer o controle sobre as suas operações intelectuais – um processo da internalização com origem na intersubjetividade e nos contextos partilhados
específicos e regulados socialmente.” (SCHROEDER, 2007, p
302)
No processo de aquisição de conceitos, ocorrem processos de mediação e internalização. A mediação é realizada quando o aprendiz e o conhecimento são conectados por outra pessoa. Já a internalização é a aprendizagem em si, se o conceito foi internalizado, pode-se dizer que ele foi aprendido (VYGOTSKY, 2009). Góes (1991) discutem a internalização da seguinte forma:
“As
funções
psicológicas,
que
emergem
e
se
consolidam no