VYGOTSKY E PIAGET
Eliza Viegas Brilhante da NÓBREGA1
RESUMO
Este artigo discorre sobre o pensamento de dois importantes teóricos para a aquisição da linguagem: Vygotsky e Piaget, respeitando, assim, as características do construtivismo formal deste e do construtivismo funcional daquele, tendo como linha de desenvolvimento textual os pontos de vista convergentes e divergentes de cada um sobre a linguagem.
PALAVRAS CHAVES: Linguagem; Língua; Instrumentos.
1 - INTRODUÇÃO
Para estudarmos a aquisição da linguagem, torna-se necessária uma análise sobre o pensamento de Vygotsky e Piaget, uma vez que o primeiro voltou-se mais para o estudo das funções psicológicas superiores, abrindo-nos o caminho para discutirmos sobre instrumentos e signos, linguagem e pensamento. Já Piaget preocupou-se, principalmente, com o desenvolvimento cognitivo da criança, fazendo-nos mergulhar na língua, passando por fases sucessivas no desenvolvimento da inteligência.
Realizar um paralelo entre estes dois grandes teóricos, Vygotsky e Piaget, significa impulsionar os estudos acerca da linguagem humana, que está em constante evolução.
2 - INSTRUMENTOS E SIGNOS
Apesar de Vygotsky criticar Piaget quando este defende que as crianças são impermeáveis à experiência, que o homem primitivo só aprende com a experiência em casos raros e limitados e, ainda, que: “A criança nunca entra em contato real e verdadeiro com as coisas, pois não trabalha: brinca com as coisas, ou aceita-se como ponto assente” (Piaget apud Vygotsky, 1979, p.39), de certa maneira, Vygotsky também separa o mundo do sujeito em que, para se conhecer o mundo, eu preciso da linguagem que, portanto, exerce uma função mediadora. Logo, o sujeito também não pode construir sua linguagem diretamente com o mundo, a não ser facilitada pela atividade mediada - que se dá tanto externa, através de instrumentos, como internamente, através dos signos - sendo esta fundamentalmente importante na formação dos processos psicológicos