viver é narrar
Autor: Jeferson Flores Portela da Silva1 Nosso trabalho tem por objetivo mostrar como toda a nossa vida acontece dentro de uma esteira de narrativas, ou seja, todas as ações que desempenhamos no mundo, desde a mais a simples como tomar um copo d’água até algumas mais complexas como a de constituir uma família esta diretamente vinculada a uma narrativa. Segundo Ricoeur “é suficiente, no momento, dizer que em muitas narrativas é pela escala de uma vida inteira que o si procura sua identidade” (1991, p. 139). Este problema que propomos dar uma resposta é na sua grande maioria pensado como algo supérfluo, pois, o que nos da uma certeza que todas as nossas ações no mundo são de fato narrativas e que essa por sua vez pode nos identificar enquanto sujeitos de uma história única e jamais repetível? De um ponto de vista podemos dizer que temos o ato atomizado (fala ou discurso, a própria vida vivida), este problema faz perguntarmos sobre uma questão latente, vida e narrativa são a mesma substância ou existe um abismo entre elas? Nesse caso podemos dizer que vida é diferente de narrativa, alguns afirmam que uma vida narrada e história de vida fazem parte da mesma moeda, isto é, ambas se completam, uma depende da outra para se efetivar. Segundo o pensamento de Ricoeur a narrativa est enraizada no sujeito, no mundo, pois, é impossível pensar na identidade de cada indivíduo sem ter a ideia de narrativa. Para o filósofo toda e qualquer ação no tempo tem que estar dentro de uma narrativa pra possuir um valor de verdade. Segundo Rossatto não há possibilidade de que as ações humanas sejam contadas fora de uma narrativa, pois, toda análise dos eventos realizados pelos sujeitos estão baseados e devem estar baseados em narrativas, ou seja, “é aí – e só aí” que toda e qualquer ação humana vai encontrar um abrigo seguro (2010b, p. 119). Neste encontro intimo é que vida e narrativa se tornam uma só, isto é, uma depende da outra, para se pensar em uma vida vivida é