Vitaminas
As vitaminas são substâncias orgânicas necessárias em pequenas quantidades como coenzimas ou enzimas, em processos metabólicos distintos que são fundamentais para o funcionamento normal do organismo. Em condições normais, o seu aporte ao organismo faz-se, basicamente, através da ingestão de alimentos. Porém, existem situações em que os requisitos vitamínicos não são supridos e, logo, justificam a sua utilização terapêutica.
A avitaminose é um processo que se desenvolve progressivamente, até ao esgotamento das reservas vitamínicas, acompanhado por alterações bioquímicas, funcionais e, por último, lesões anatómicas. As vitaminas podem ser indicadas para prevenir, curar e como terapêutica farmacológica. Não obstante, é essencial realizar uma história clínica exaustiva, exame físico, estudo da dieta alimentar, etc., para justificar ou provar a existência de uma deficiência vitamínica e, por conseguinte, assegurar a obtenção do efeito terapêutico esperado em cada situação clínica.
Porém, a existência de uma avitaminose não é absolutamente necessária para comprovar a utilidade das vitaminas em doses elevadas. Com efeito, encontra-se bem documentado o benefício da administração de doses terapêuticas de vitaminas no tratamento de: inflamações e dor, determinados tipos de anemia, algumas alopecias, hemorragias, consolidação de fracturas, algumas perturbações oculares e auditivas, ou como antioxidantes para a prevenção de perturbações crónicas degenerativas.
Iremos proceder, de seguida, a uma revisão das principais indicações terapêuticas das diversas vitaminas.
Vitamina A
Sinónimos
Retinol; axeroftol
Principais fontes na natureza
A vitamina A, uma vitamina lipossolúvel, ocorre sob duas formas principais na natureza – o retinol, o qual se encontra apenas em fontes animais e certos carotenóides (provitaminas), as quais se encontram apenas em fontes vegetais. Os carotenóides são os compostos que dão a vários frutos e vegetais a sua cor amarela ou laranja.