Visigodos
INTRODUÇAO
Desde o século II a.c Roma estava em um estado de decrepitude devido a fatores internos e externos. No que tange as crises externas, muitos pesquisadores atribuem ao levante bárbaro como uma das causas da falência do império no Ocidente. Por essa representatividade na política externa de Roma, é justificável analisar a estrutura desses povos germânicos quanto a sua organização política, cultural e sua atuação sobre o império romano. O presente trabalho tem por objetivo discutir sobre a relação dos povos bárbaros e o império romano, compreendendo a representatividade e consequências desse caldeamento.
A definição desses povos encontra suas origens dentro de uma linha na história. O termo bárbaro foi empregado em outras civilizações, os egípcios designavam como “bárbaros” todos que tinham uma língua diferente da sua. Os romanos fizeram se apropriar dessa denominação, compartilhando essa tradição. Passaram então a considerar como bárbaros os estrangeiros que não assimilavam a cultura romana e que viviam fora de seus limites.
A historiografia contemporânea faz uma nova problematização sobre as incursões bárbaras. A ideia de “invasão bárbara” tem deixado de remeter um conceito de brutalidade e agressividade, a relação entre o império romano com o povo germânico se deu mais como uma tentativa desse último em se integrar ao universo de Roma, pois esses povos tinham para com o império uma necessidade de reconhecimento e proteção. Perry Anderson fala sobre uma estrutura social precária desses povos germânicos no século I d.c, o que torna mais inteligível esse processo de dependência e subordinação a Roma.
É importante destacar a ótica aplicada por Roma para com esses povos. Para Roma, os moradores dessas regiões não aparentavam ser civilizados. Não havia por parte do império nenhum interesse pela região desses povos bárbaros que era conhecida como Germânia, a falta de interesse se dava por