Visigodos - perseguições aos hereges

O monarca Recaredo, com o objetivo de legitimar seu reino e elevá-lo aos patamares de supremacia politica e religiosa, converte-se ao Cristianismo niceno. Deve-se lembrar de que a conversão do monarca visigodo inaugurava um projeto politico que vislumbrava a unidade religiosa para os povos da Península Ibérica. Com sua conversão o ao catolicismo, veio junto a continuidade as perseguições as minorias. Durante o período ariano, por mais que houvesse a liberdade de rituais e costumes judaicos, estes não agradavam as lideranças episcopais, porém essas lideranças optaram pela não confrontação formal com os judeus nas principais cidades visigodas. A Igreja acirrava sua politica antijudaica contra possíveis hereges e, principalmente, contra o paganismo. Isidoro de Sevilha, bispo que mais tarde foi santificado, atuou como uma importante liderança da Igreja Visigoda em seu tempo, Isidoro apoiava a necessidade de “purificação” do reino visigótico, isso significava a eliminação de grupos que eram considerados estranhos à fé católica, para ele, esses grupos talvez pudessem impedir a elevação espiritual da monarquia, dessa forma o bispo foi bastante rígido ao criticar os heréticos (incluindo até os arianos), os pagãos e os judeus. Chegou inclusive a defender a politica de conversão forçada de todos os judeus que viviam no Reino Visigodo. Após as imposições de Recaredo, os judeus foram cada vez mais marginalizados em meio à sociedade hispano-romana, chegaram até ser citados por toda a legislação toledana, canônica ou civil. Sendo assim o judaísmo se tornou inadequado à unidade visigótica, e extremamente difícil de ser seguido. “O “assassinato de Deus” continuava a ser um crime exclusivamente cometido por judeus, e sua memória devidamente preservada pelo clero visigodo, em momentos cruciais de difusão de fé.” (SANCOVSKY, Renata Rozental. Inimigos da Fé. p.158). O corpo episcopal debateu sobre a questão judaica e promulgou leis de coerção contra a prática do judaísmo visigodo e