Visibilidades estampadas - um estudo sobre a relação entre luxo e estampas
Alan Kardec da Silva[1]
Gláucia Curtinaz Centeno[2]
Resumo
Pode a estampa ser um item capaz de conferir a um objeto status de luxo? O que faz com que um serviço ou produto seja classificado como luxuoso? A cada dia que passa, presenciamos uma procura incansável do ser humano para se destacar no meio onde vive. Aproveitando esta exacerbada necessidade do indivíduo, grandes empresas e marcas vêm desenvolvendo produtos e serviços que ofereçam sensações de exclusividade. O que, por outro lado, leva o consumidor muitas vezes a pagar quantias extremamente altas por eles. É o tão famoso e conhecido mundo do luxo, por onde muitos querem circular, porém poucos são os que têm poder para isto.
Palavras Chaves: Luxo. Estampa. Cor. Forma.
1. Introdução
O que pode definir um objeto como artigo de luxo? O design? As cores? Os desenhos neles inseridos? O que faz com que algumas pessoas prefiram tais produtos, às vezes considerados como luxuosos, pagando um alto valor agregado, sendo que existem outros no mercado, muitas vezes, com a mesma qualidade ou superior, com valores bem mais baixos? Exclusividade. Pode ser este um atributo que justifique ou simplifique os artigos de luxo? Existe uma frase no mercado que se popularizou: “nada se cria tudo se copia”. Hoje muito se ouve dos criadores que tais produtos são únicos, que foram desenvolvidos exclusivamente para uma determinada pessoa. Neste caso, quais os atributos podem ser inseridos em um objeto para que se torne exclusivo, diferente? Se fizermos uma análise de qualquer produto desde sua concepção, pouco se notará uma mudança em sua estrutura, a não ser uma melhora na ergonomia para melhor funcionalidade. Pensemos em um carro, por exemplo. Hoje há vários modelos no mercado com diferentes estilos de design, porém em sua forma inicial predominam quatro rodas, duas ou cinco portas, assentos, etc. O que então faz