Pitoco, um vira-lata autêntico – mais por sua vida destemida de cão sem dono do que por não ter origem nobre –, narra suas memórias. Relembra seu passado, cheio de bons momentos na casa em que era tratado com carinho, e as aventuras que ele viveu depois, perdido pelas ruas da cidade. Ao relacionar a vida de um cachorro abandonado com a de pessoas que vivem na rua, este livro exibe uma discussão sobre cidadania longo de todo o livro e passa várias lições para os leitores. Ele teve dois nomes depois de ter sumido de seu lar, e esses nomes foram: tostão e cacau. Pitoco ainda descreve seu pelo branco amarelado que parece sujo, alem de descrever seu focinho cumprido e sua orelha grande e caída. Ele morava em um bairro sossegado com seus donos, Silva e Carlinhos, Pitoco gostava de dormir no tapete da sala. Ele sumiu depois de sair de casa pra ganhar um picolé do sorveteiro. E assim conheceu vários personagens de sua historia. Meu nome é Pitoco. Depois desse nome também tive outros : Tostão e Cascau,mas sempre me lembro com saudade do tempo em que meus amigos eram pequenos e me chamavam assim. Sou pequeno, vira-lata legítimo, sem pedigree, sem raça definida. Sou vira-lata mesmo, muito mais pela vida errante de cão sem dono que levei do que pelo fato de não ter procedência nobre. Sei latir e abanar o rabo, além de brincar e correr atrás de uma bola tão bem como qualquer outro cão. Sei também rosnar só de mentirinha, e é disso que as crianças gostam. Sou inteirinho branco, um branco amarelado, que parece sujo. Tenho pêlo curto, focinho comprido e duas grandes orelhas caídas. [...] Minha história começou num bairro sossegado, com poucos carros e muitas crianças brincando pelas calçadas. As árvores eram muitas grandes; enchiam o ar com o seu cheiro fresco, além de sombrear e refrescar as ruas quando o sol ficava mais quente. Eu vivia numa casa grande, cujos moradores adultos eram: