Violência e direitos humanos

“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”( art. 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos). A possibilidade de uma sociedade viver num nível tolerante de harmonia, paz e dignidade, o que conseqüentemente refletiria positivamente na tentativa de redução da violência, só será possível se realmente este artigo primeiro da Declaração Universal dos direitos humanos for respeitado. No Brasil, diariamente a população presencia atos de extrema violência através de telejornais, revistas ou jornais, como os mais recentes casos, por exemplo: do garoto João Hélio, garotinha Izabela, a jovem Eloá, das balas perdidas que vitimam milhares de inocentes em nosso país, fatos que acabam prejudicando a tentativa de se implementar políticas públicas de qualidade que visem conscientizar de que todos somos responsáveis pela prevenção da criminalidade. Nesse momento é pertinente citar um trecho de uma das músicas de Gabriel pensador, músico dessa geração que diz muito da violência e sua expressão na contemporaneidade:
“… teu filho morreu? Meu filho também / morreu assaltando, morreu assaltado/ tristeza, saudade, por todos os lados/ tortura covarde, humilha e destro i (destrói) / eu vejo um Bin Laden em cada favela? Herói da miséria, vilão exemplar /as balas invadem a minha janela / eu tava dormindo, tentando sonhar. É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar realmente não há?…” Triste, mas literalmente verdadeira a expressão de dor e indignação de todos nós, demonstrado nesta composição. (depoimento pessoal) (2005,faixa 05) A solução apontada para conter a violência ainda hoje defendida pela sociedade e poder público é o cárcere, e levantar a bandeira de que se acredita num processo de reintegração social do egresso do sistema prisional, bem como na humanização das prisões, fazendo valer da Lei de