Violência em diadema: mediação de conflitos como alternativa

Resumo
O presente artigo tem a finalidade de mostrar a implementação da Mediação de Conflitos em Diadema, num contexto de metas de redução do índice de homicídios/ violência na cidade, sob a ótica dos gestores públicos, e usuários dessa política. Com vistas a descobrir quais impactos esperados e inesperados são adventos da mesma e os motivos que levaram este serviço a recrudescer apesar do sucesso obtido nas intermediações de conflitos.
Palavras chaves: Mediação de Conflitos, violência, Diadema
1. Introdução
Em 1997, foi deflagrada uma crise no sistema policial da cidade de Diadema. Denúncias a respeito da corrupção policial na Favela Naval tiveram repercussão nacional. Além disso, em 1999, Diadema figurava como a cidade mais violenta no ranking nacional, contando com altos índices de homicídio doloso - 102,8 mortes/ 100 mil habitantes, numa população de aproximadamente 363 mil pessoas.
Nesse cenário de altos índices de criminalidade, surgiu a Coordenadoria de Defesa Social. Esta, a partir de 2001, ganhou status de Secretaria – Secretaria de Defesa Social (SDS) –, que para além dos deveres de segurança do Estado, nasceu com o papel de facilitadora dos meios de prevenção para que a segurança se concretizasse, com vistas ao bem-estar dos cidadãos.
Após dez anos, em 2009, o índice de homicídios caiu para 14,36/ 100 mil habitantes.
2. O problema da violência
Segundo o secretário Arquimedes Andrade (SDS), um dos exemplos da problemática de violência em Diadema diz respeito ao aumento de efetivo de segurança que se faz necessário. No caso das polícias estaduais, os concursos realizados servem apenas para a reposição de pessoal, no entanto, as necessidades de segurança ficam defasadas - dado o crescimento da cidade, diz ele. Atualmente, há um déficit de pelo menos 150 homens na força policial de rua. Ele ainda afirma, que seria necessária a reengenharia da polícia com a diminuição dos recursos humanos empenhados na parte administrativa, e, em contrapartida, o