Violência contra idoso

Investigações sobre o problema da violência contra os idosos são praticamente inexistentes, fazem parte da chamada “cifra negra”, tal qual a ocorrência do estupro, seja sobre a forma de diagnóstico da situação, ou sobre o aspecto da doença e da mortalidade.

Pensando nisso, pesquisadores, baseados em análises de boletins de ocorrência lavrados pela delegacia de proteção ao idoso, laudos de exames de corpo de delito expedidos pelo Instituto Médico Legal, bem como em literatura específica, fizeram um levantamento a despeito da violência contra o idoso, no período compreendido entre 1994 e 1995, na cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo.

Basicamente, o estudo revela que de todas as formas de violência doméstica contra o idoso, a mais freqüente é a de natureza física, ou seja, danos e lesões corporais ocasionados pelos próprios filhos da vítima, já que, em cinqüenta por cento dos casos registrados, segundo a pesquisa, referida violência é praticada por familiares próximos da família.

Nesse contexto, com a mesma proposta de estudo e para uma eventual mudança futura, passaremos a analisar itens como educação e costumes da família do idoso, elementos essenciais a influenciarem a violência dispendida contra os mesmos e os danos que lhes são ocasionados, bem como as diferentes formas e graus de manifestação de referida violência familiar.

Para se ter uma idéia da dimensão do problema, assim como a década de sessenta serviu para tomarmos consciência do maltrato infantil e a década de setenta o maltrato exercido sobre as mulheres, os brasileiros somente despertaram interesse pela questão da violência social como um todo e suas implicações para a saúde, a partir da década de oitenta, passando o problema despercebido nos anos que se antecederam, quando se fizeram inúmeras vítimas.

De se observar que o lento envelhecimento da população brasileira, relacionada com a redução da natalidade advinda das dificuldades sociais até agora apresentadas, nos obriga a