Vila maria zélia
No inicio do século XX, a população de São Paulo cresceu demasiadamente, o estado recebeu milhões de imigrantes, grande parte fixando-se na capital, causando um congestionamento urbano. As principais indústrias se localizavam próximas as ferrovias, Estradas de Ferro Sorocabana, Estrada de ferro Central do Brasil e dos trilhos da São Paulo Railway, o que facilitava o escoamento da produção de café.
E o problema da moradia popular começou a se agravar, inclusive no aspecto higiênico. Os cortiços eram o destino desses novos moradores, que eram lugares insalubres e foram desencorajados pelo estado. Com isso as vilas operárias ganharam grande importância, as casas eram simples, divididas em quartos, sala, cozinha e banheiro, era a miniatura da casa burguesa. A função dessas vilas era dar uma moradia que incorpora a noção de casa como lar, como espaço sanitário, confortável, penetrado por normas de higiene, capaz de garantir certa privacidade a seus moradores e como local de reposição das energias para o trabalho, mas também controlar a vida dos operários.
A Vila Maria Zélia é um modelo e referência obrigatória de vilas operárias, em São Paulo. Apesar disso, ela é a representante única de modelo que não se reproduziu. A Vila Maria Zélia tem grande interesse urbanístico, devido à forma que concretiza um dos possíveis tipos de habitação operária produzida pelo capital, situa-se em um bairro operário, o Belenzinho, num entroncamento entre o Brás, o Belém e a Penha.
Fundador, o idealizador da Vila
Jorge Luis Gustavo Street nasceu em 22 de setembro de 1863, no Rio de Janeiro e faleceu em fevereiro de 1938. Filho de mãe francesa e de um engenheiro austríaco, que veio ao Brasil trabalhar na construção de estradas de ferro, e se tornou acionista da tecelagem São João.
Jorge Street formou-se na escola de Medicina do Rio de Janeiro e fez cursos de aprimoramento na Europa. Retornando ao Brasil, recebeu de seu falecido pai as ações da fábrica de sacaria de