video game
Durante um mês, três horas por semana, um grupo de idosos de 60 a 85 anos guiou um carrinho, fazendo curvas, subindo e descendo ladeiras. Com uma tarefa extra: apertar um botão do controle assim que alguns sinais de trânsito apareciam na tela. Quando voltaram ao laboratório, os resultados foram surpreendentes.
Adam Gazzaley, um dos responsáveis pelo estudo, conta que descobriu que a capacidade deles de fazer várias tarefas ao mesmo tempo era bem melhor do que a do grupo que não jogou videogame, e alcançou o mesmo nível da de jovens de 20 anos que só usaram o jogo uma vez.
Depois que os idosos deram conta do recado, o desafio agora é do pesquisador de cabelos brancos: criar jogos que possam estimular o cérebro e retardar o envelhecimento.
Historicamente, a criação do primeiro videogame ou jogos de computador data de 1958 e se deve ao físico Willy Higinbotham, um dos cientistas que colaboraram para a invenção da bomba atômica. Em 1968 Ralph Baer patenteou o primeiro videogame. A partir daí, desde a criação da Atary, na década de 70, por Nollan Busnell e Ted Dabney, a indústria desse artefato não parou de crescer (Reis, 2005).
Diante deste visível crescimento dos jogos como meio de diversão, há uma crescente preocupação em realizar estudos empíricos sobre este assunto. No Brasil, a literatura indexada aborda de forma incipiente o tema e não temos ainda um know-how em pesquisas com este enfoque.
Para elencar um conjunto de recomendações com vista a subsidiar os profissionais de saúde em suas orientações aos pais e à sociedade quanto ao uso saudável de jogos de videogame, buscamos compreender o impacto do uso do videogame sobre a cognição e sobre a própria sociedade. Neste sentido foram feitas pesquisas nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO na Biblioteca Virtual de