Capoeira

INTRODUÇÃO Com a vinda da mão-de-obra negra para o Brasil, um dos maiores comercializadores de escravos do mundo, este recebeu também suas culturas, tradições e religião. Contudo, para poderem mantê-las, os escravizados precisaram adaptá-las ao seu novo meio. Entre essas mudanças surgiu uma mistura realizada em solo brasileiro de diversas lutas, danças e ritmos vindos de várias regiões da África, a capoeira, que sempre fora praticada em círculos, para que assim, atrapalhasse a visão de curiosos. Esta por sua vez, trazia consigo a esperança de liberdade e sobrevivência.

DESENVOLVIMENTO Donos de uma força extraordinária, não só carnal como também psicológica, os escravos foram a maior mão-de-obra utilizada no Brasil nos tempos de colônia. Entretanto, na mesma intensidade, esses braços traziam medo, e para dominá-los os colonizadores utilizavam métodos violentos e abusivos juntamente com o veto a qualquer expressão com tendências agressivas. Sem muitas alternativas contra a repressão sofrida, os negros resolveram usar de suas tradições fortemente preservadas para se prepararem para fugas e revoltas. A música e a dança eram símbolos de seu povo, um povo alegre e festivo, e logo eles utilizaram seus movimentos e ritmos para disfarçar técnicas de combate. Para treinarem esse novo instrumento de resistência cultural e física, que também lhes traziam o alívio do estresse de trabalho, estes e os fugidos iam para terreiros próximos de suas senzalas, que por sua vegetação rasteira fora denominados capoeiras. [A palavra capoeira significa "a mata que se foi", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi")] Até o ano de 1930, quando Getúlio Vargas tomou o poder, várias expressões negras foram reprimidas e perseguidas. Além disso, por sua vez, a capoeira foi proibida por lei; porém, estrategicamente para conquistar o apoio popular, Vargas autorizou a prática moderada desta, que mais tarde, remodelada para ficar no mesmo nível de outras artes