Vidas Secas - Graciliano Ramos

Visão geral A brilhante e impactante obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas, é uma obra em 3ª pessoa que faz alusão ao flagelo do Nordeste brasileiro, a seca. Nesta estória está inserida uma família que vivencia tal flagelo. Todas essas características estão ligadas ao forte Regionalismo que Graciliano impõe na obra. No próprio título conseguimos visualizar a desumanização que o flagelo nordestino proporciona aos personagens. A miséria pela seca (elemento natural) se soma com a miséria aplicada pela influência social (exploração dos ricos donos da região).
Personagens
A família da narrativa compõem-se de 5 membros: Fabiano, Sinhá Vitória, Filho mais novo e Filho mais velho e a cadela chamada Baleia. Fabiano, o protagonista da estória, é um vaqueiro rude e sem instrução por não ter frequentado a escola e por isso possui dificuldades em se comunicar. Ora reconhece-se como um homem e sente orgulho de viver perante às adversidades do Nordeste, ora se reconhece como um animal (zoomorfização). Sinhá Vitória é a esposa fiel e batalhadora de Fabiano, é inconformada com a miséria que sua família vive. É uma mulher inteligente, sabe contar, e tenta evitar que o marido caia nas armadilhas de trapaceiros. Os filhos do casal, Filho mais novo e Filho mas velho, representam as crianças inocentes (que indentificamos como anonimato social) onde o mais novo idolatra o pai enquanto o mais velho possui curiosidades sobre as palavras e procura ficar mais próximo de sua mãe. A cadela Baleia é o personagem mais admirável da narrativa, por mais que não seja a protagonista. É muito querida pelas crianças, pensa como gente e sofre com as dificuldades da seca e da falta de comida. (antropomorfização) Há também os antagonistas da história que são as "autoridades": o Patrão e o Soldado Amarelo. O Patrão é o dono da fazenda por onde Fabiano e sua família estavam vagando em busca de um lugar pra ficar, ele deu à família moradia em troca de trabalhos desonestos e