Graciliano Ramos Vidas Secas
Este trabalho apresenta a obra de Graciliano Ramo, Vidas Secas, segundo uma visão da realidade brasileira de ontem e de hoje. Aliás, um dos aspectos que mais impressionam na obra é o seu tema sempre atual. O romance escrito, entre 1937 e 1938, enfoca o problema da seca e as condições de vida miserável do sertanejo. Condições essas que praticamente não se alteraram.
Este escritor através de suas características literárias e dentro do seu contexto histórico, demonstrou uma visão crítica das relações sociais, regionalismo ressaltando o homem hostilizado pelo ambiente, pela terra, cidade, o homem devorado pelos problemas que o meio lhe impõe.
Vidas Secas é uma estória de uma família brasileira sofrida, na qual luta pela sobrevivência no sertão nordestino. Vivem entre uma viagem e outra fugindo das condições precárias e sonham com uma vida mais digna. Estes personagens são reduzidos a condição de um animal, eram obrigados a matar a fome comendo alimentos de gado, plantas, etc. Além disso, existia pouca comunicação entre eles, que ainda assim era feita por meio de gestos e sons guturais. Porém, a cachorra Baleia, alegre, era humanizada. Era ela considerada membro da família. Há também uma distância exposta na obra entre o sertanejo e o governo, quando Fabiano é preso injustamente e sem condições de defender, que ainda ocorre nos dias de hoje.
Passaremos pela história do Modernismo brasileiro, adiante falaremos sobre o escritor, para entendermos um pouco melhor sobre a maravilhosa obra, e por fim desmembraremos o conteúdo do livro e o analisaremos.
CAPÍTULO 1
O MODERNISMO BRASILEIRO
O modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística e as sociedades brasileiras na primeira metade do século XX.
Em comparação com outros movimentos também denominados modernistas, foi desencadeado tardiamente, na década de 1920. O modernismo brasileiro resultou, em grande parte, da assimilação de novas tendências